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COP30 deve ser um marco para a transição energética do Brasil

Brasil

16/10/2025

por Arthur Wong*

Com a realização da COP30 no Brasil neste ano, o país tem uma ótima oportunidade para reafirmar sua posição como protagonista global na transição energética e enfrentamento à mudança do clima. A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Belém (PA), deve ser encarada como um momento essencial para manifestarmos nosso compromisso com um modelo de desenvolvimento sustentável que equilibre crescimento econômico, preservação ambiental e inclusão social.

A escolha da Amazônia como palco principal das discussões indica tanto o nosso imenso potencial quanto os desafios que temos de superar. A própria realização do evento mostra a importância do planejamento e investimento necessários para um impacto positivo e duradouro. Embora a base nacional de energia seja diversificada, com cerca de 50% da matriz energética e 85% da geração elétrica sendo limpas e renováveis, ainda enfrentamos altos índices de perda desses recursos e gargalos estruturais que comprometem a eficiência. Um estudo do Conselho Americano para uma Economia Energeticamente Eficiente (ACEEE), por exemplo, posiciona o Brasil apenas em 19º lugar no ranking de eficiência energética global.

Esse panorama evidencia a urgência de modernização de infraestruturas e adoção de práticas mais eficientes, especialmente em campos como a indústria. No entanto, a diversificação e o caráter limpo da matriz brasileira fornecem uma vantagem estratégica: a possibilidade de liderar a transição global com soluções que valorizam as nossas características únicas.

Essa base permite ao país transcender a geração sustentável, promovendo inovações que aumentem a eficiência no consumo e reduzam desperdícios e reforçando o nosso papel como um modelo a ser seguido em todo o mundo. Iniciativas que integram tecnologias digitais, como monitoramento inteligente, automação e eletrificação, têm revelado ser um caminho viável para isso. Essa nova perspectiva resulta em sistemas energéticos mais eficientes, resilientes, confiáveis e sustentáveis e contribui com as metas globais de descarbonização. É válido esclarecer que, ao nosso ver, sustentabilidade é o resultado da combinação de eficiência (menor uso de recursos) e produtividade (menor variação indesejada), que, por fim, resulta em menos emissões. Progresso e sustentabilidade devem, portanto, caminhar juntos.

Ferramentas de acompanhamento em tempo real e automação propiciam identificar perdas rapidamente e tomar decisões assertivas, bem como fortalecer a gestão da sustentabilidade e governança, oferecendo uma visão estratégica. Quando falamos em equilibrar as demandas imediatas com os compromissos de longo prazo, muitos consideram este um grande obstáculo. Por outro lado, os benefícios ambientais e financeiros acumulados justificam os investimentos, que precisam ser integrados às estratégias de organizações de todos os portes e segmentos.

Segundo dados da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), o Brasil deverá registrar uma expansão de 3,3% na média do consumo anual de carga elétrica a partir de 2025. Isso significa que necessitamos de soluções que combatam o desperdício e fomentem a eficiência desse uso.

Outro ponto crucial e pilar central das discussões sobre transição justa é a educação.  Olhando para o setor de edificações, que representa cerca de 40% das emissões, há tecnologias existentes e comprovadas para agir em 70% dos problemas no setor específico por meio de digitalização, gerenciamento e eletrificação. Contudo, outros cálculos para a COP30 apontam que haverá um déficit de seis milhões de profissionais no setor de energia renovável até 2030. 

O grupo de trabalho “Empregos e Habilidades Verdes” da SB COP30, em particular, é voltado à prioridade de formar profissionais qualificados para uma economia de baixo carbono. A transição energética só se concretiza se houver pessoas capacitadas para implementá-la. Atualizar e desenvolver o capital humano com habilidades verdes é fundamental para utilizar o potencial completo das novas tecnologias.

Tendo em vista a COP30 como um ponto de inflexão, o país tem a oportunidade de impulsionar todas essas mudanças de forma concreta, demonstrando ao mundo sua competência para liderar essa transformação - que exige a combinação de diferentes tipos de investimentos. Digitalização, eletrificação, inovação e educação são a melhor alternativa para consolidar a posição do Brasil no cenário global. Para isso, a colaboração entre os setores público, privado e acadêmico pode agregar soluções criativas e inovadoras, acelerando a transição energética.

Fica evidente que o caminho para um efeito real e imediato vem da união e execução de medidas de curto (políticas e modernizações) e longo prazo (transformações estruturais e qualificação do capital humano), para as quais todos os esforços contam. Ao inspirar outras nações a introduzir medidas inteligentes e inclusivas, o Brasil pode deixar um legado duradouro ao amanhã do planeta, garantindo que a influência da COP30 se estenda muito além de suas discussões e compromissos formais.

 

*Arthur Wong é vice-presidente de Marketing e Sustentabilidade da Schneider Electric para a América do Sul e Deputy Chair do grupo de trabalho “Empregos e Habilidades Verdes” da SB COP30

Adoção da plataforma de certificação em blockchain Wiztrust

Desde o dia 2 de outubro de 2019, a fim de proteger suas comunicações, a Schneider Electric certificou seu conteúdo com a Wiztrust. Você pode verificar a autenticidade do site em Wiztrust.com para comunicações corporativas.
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